A seis meses do fim do mandato da procuradora-geral da República, Raquel Dodge (foto), começa a esquentar a disputa pela sua sucessão. Um grupo do Ministério Público Federal defende que só os sub-procuradores devam assumir o comando. Ao contrário das disputas anteriores, quando a lista tríplice encaminhada ao presidente da República, a quem cabe indicar o nome, e na qual só constavam nomes de subprocuradores-gerais, a expectativa é que, neste ano, o debate terá fundamental. Pela Constituição Federal, o presidente da República não é obrigado a aderir à lista tríplice definida em eleições pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) e o presidente Jair Bolsonaro, até o momento, não se comprometeu a seguir a lista. A ANPR realizará na próxima quarta-feira uma reunião com pré-candidatos para discutir o calendário.
Prováveis candidatos
Até agora surgem os nomes do procurador regional, Januário Paludo, um dos principais nomes da Lava Jato do Paraná e amigo de Rodrigo Janot; o sub-procurador Nicolao Dino e o procurador regional Lauro Pinto Cardoso, das chamadas alas dos “cabeças brancas”; o presidente da ANPR José Robalinho e entre os ousiders, o subprocurador-geral Mario Bonsaglia. Dodge poderia ser reconduzida ao cargo pelo presidente Jairo Bolsonaro, mas a procuradora-geral vem mantendo discrição sobre o tema.