O tom da política nos próximos tempos tende ser exaltado, ampliando a divisão social degenerada desde que Lula (foto) introduziu em nossa cena política o famigerado “nós contra eles”. Em sua mente “eles” representavam os maus, enquanto “nós” eram os bonzinhos. Com isso, dividiu a sociedade entre os bandidos e os mocinhos. Bolsonaro, por seu turno, não esboçou nenhum movimento para pacificar essa nefasta dicotomia, contribuindo, inclusive, para exacerbá-la com a inversão dos valores. Assim surgiu o exército bolsonariano cheio de amargo conservadorismo, tentando trazer o passado para o presente, quando deveria deixá-lo morrer por inanição.
A outra vertente
Em contrapartida, a outra vertente, que ao defender a liberdade e os direitos humanos, o faz de uma maneira provocativa e equivocada, apostando inclusive numa subversão de valores que premia o bandido em detrimento do mocinho. Ao centro, uma parcela significativa da população, clama pela paz social e exprime o seu desejo de robustecer valores que sejam universais, para que não flutuem ao sabor de quem detém o poder de transformá-los em massas de manobras. A história nos revela que, até mesmo anatomicamente, a virtude sempre se encontra ao meio.