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Querem satanizar a política e os políticos. Irresponsabilidade

Paulo César de Oliveira
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Não, senhores. Não é a política que atrapalha a economia. O que atrapalha a economia, e também a política, são os maus atores que se instalam em uma e na outra. Temos maus políticos que prejudicam o país? Temos claro, que os temos. Assim como temos maus atores da cena econômica, gente que, assim como muitos políticos, não têm qualquer compromisso com o país. Querem apenas usufruir de benefícios. No bom português, mamar nas tetas do Estado. No caso dos políticos, é bom lembrar, e eu não me canso de fazer isto, que somos nós, os eleitores, que os escolhemos como representantes. Se temos maus políticos, corruptos e ladrões como, em nossa valentia gostamos de dizer, é porque temos, no mínimo, eleitores desinformados ou omissos. Ninguém é presidente, governador, prefeito, senador, deputado federal, deputado estadual ou vereador, por conta própria. Quem chega lá, é levado pelo voto. A má escolha permite o surgimento e a perpetuação do mau político. Virou mania nacional satanizar a política. Ou a tal da velha política, em nome da “nova política” que ninguém sabe bem o que venha a ser. Muita gente absolutamente despreparada se elegeu vendendo esta ideia. Hoje exerce um mandato medíocre, como boca de aluguel. E dizem que fazem a nova política. E em nome disso, estimulam a radicalização, o discurso raivoso. Ontem, um cidadão, que se apresentou como aposentado em entrevista à rádio Itatiaia, nas manifestações na praça da Liberdade, disse que a sociedade está “cansada de comunistas e corruptos” e que, em vez de pendurar bonecos com cara dos políticos, poderá passar a pendurar os corpos dos politicos. Uma ameaça destemperada, que retrata bem o nível de fanatização e radicalismo que hoje domina o país, estimulado por grupos irresponsáveis. Estas coisas assustam os que têm bom senso e equilíbrio. Até porque é preciso lembrar que estes grupos, que hoje dominam as redes sociais, podem levar o país ao completo descontrole. Eles se esquecem de que, a cada ação corresponde uma reação oposta de igual intensidade, já ensinava Newton. A hora é de prudência. Responsabilidade. Que haja respeito entre os atores políticos e econômicos. E que o povo entenda que a radicalização beneficia apenas a pequenos grupos.

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