O desempenho da economia nos primeiros meses de governo de Jair Bolsonaro tem rendido críticas, não propriamente ao governo, mas ao Congresso Nacional. Um desses questionadores é o empresário Modesto Araujo (foto), leia-se Drogaria Araujo. Para ele, com um Congresso que estava acostumado a fazer conchavos políticos e outras coisas menos republicanas, com os olhos voltados para o próprio umbigo, era mesmo esperado que a economia sofresse as consequências.
Brasil muda após a reforma
Para Modesto Araujo, quando o empresário vai a um evento como o Conexão Empresarial, promovido pela VB Comunicação, e escuta do secretário nacional de Desestatização, Salim Mattar, e do secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Paulo Uebel, o que vai acontecer no país após a reforma da Previdência, ele se pergunta o por quê da demora em votar a matéria. Modesto Araujo acredita que teremos um novo Brasil após a reforma e pelo que ele está entendendo, o Congresso Nacional não quer um novo Brasil. “Eles querem aquele negócio que tinha antigamente. Na minha empresa, se tenho que cortar R$ 1 bilhão da Previdência, eu vou lá e corto. Mas eles ficam desidratando, o valor já está em R$ 800 milhões. Espera aí, nós precisamos viabilizar essa empresa que se chama Brasil. Nós empresários precisamos nos manifestar e acabar com essa farra que ainda existe nesse país”.
Empresários precisam se mobilizar
Modesto Araujo entende que se for preciso, os empresários têm que se mobilizar e ir à Brasília e voltar a ocupar as ruas para acabar com o que chama de farra para se aprovar uma simples reforma previdenciária. “Nós estamos abrindo 40 novas lojas neste ano. Abrimos 30 no ano passado. Duas lojas em Juiz de Fora e em Congonhas estão interditadas para vendas de medicamentos por causa de burocracia da Anvisa. Não sou bandido. Estou gerando empregos e impostos. Só de ICMS pagamos R$ 200 milhões ao ano. Nós temos 10 mil funcionários e temos essa dificuldade”.
Comunismo infernal
A esperança para que esta situação melhore está, segundo Modesto Araújo, em Jair Bolsonaro e no governador Romeu Zema. A culpa dessa situação é do cidadão, o empresariado que ficou acomodado, por isso defende a pressão das ruas. “Por isso colocamos o Bolsonaro no governo, para acabarmos com esse comunismo infernal”. Para Modesto Araujo, “as coisas mudaram e a turma está resistente às mudanças. Toda mudança gera resistência, isso é natural. Nós precisamos ter paciência para superar as resistências”. De qualquer forma, ele entende que tem muita coisa para se fazer em quatro anos,” mas a reforma da Previdência é que tem o maior percentual de custo, então temos que atacá-la primeiro”.