A reação do mercado em relação a reforma da Previdência é devido, principalmente, a entrada da idade mínima nas regras de transição, segundo a economista chefe da XP Investimentos, Zeina Latif (foto). Para ela, não existe reforma ideal mas lamenta que o governo e os deputados tenham cedido à pressão do setor público, que desidratou muito a reforma. “Muitos privilégios estão sendo mantidos. E são essas corporações do setor público, que têm grande capacidade de mobilização, é que devem dificultar para os governadores fazer a reforma nos Estados”. Se a economia com a reforma que está sendo votada na Câmara Federal for inferior a R$ 700 bilhões, Zeina disse que ainda nesse governo serão necessárias outras medidas para conter os gastos com a Previdência.