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Goela abaixo

Paulo César de Oliveira
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Assim como Luis XIV, rei da França, em seu absolutismo proclamou que “L’État c’est moi” – ou o estado sou eu – Jair Bolsonaro, presidente do Brasil proclama a sua fé absolutista e apregoa aos quatro cantos do país: “A última palavra no governo é a minha”. A continuar assim, ele vai saber, pelo pior caminho, que pode muito, mas não pode tudo! Ao afirmar que é ele quem indica o diretor-geral da Polícia Federal, o presidente Bolsonaro, que levou o então juiz Sergio Moro (foto) para o seu governo com a promessa de que ele seria o mandachuva da área de segurança pública, deixa bem claro ao agora ministro que não é bem assim. Não precisou nem esperar um ano para Moro perceber que, na realidade, Bolsonaro só queria usar o enorme prestígio popular que o então juiz alcançou no comando da Lava Jato. É muito visível o constrangimento do ministro tentando explicar tudo o que Bolsonaro o faz engolir sem mastigar. Resta saber até quando seu estômago vai aguentar. Se o presidente Bolsonaro quiser testar sua popularidade com a do seu ministro Sergio Moro, não me surpreenderá se tiver uma amarga surpresa.

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