O presidente Jair Bolsonaro (foto) mandou um recado ontem para seus seguidores em sua rede social: não dar “munição ao canalha”. Segundo Bolsonaro “amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos cometer erros. Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa, se torna num bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos. Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa”. Em seguida postou: “iniciamos a poucos meses a nova fase de recuperação do Brasil e não é um processo rápido, mas avançamos com fatos.” Para Bolsonaro, Lula está livre, “mas com todos os crimes dele nas costas”.
Lula busca a polarização
O ex-presidente Lula da Silva deu o tom de seus discursos de enfrentamento político após deixar a prisão. No palanque na tarde de ontem, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, disse que Jair Bolsonaro foi eleito para governar para o povo brasileiro e não para os milicianos do Rio. Lula fez um discurso agressivo e atacou o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o procurador da República Deltan Dallagnol e a Operação Lava Jato. “Ele [Bolsonaro] foi eleito. Democraticamente nós aceitamos o resultado da eleição. Esse cara tem um mandato de 4 anos. Agora, ele foi eleito para governar para o povo brasileiro, e não para governar para os milicianos do Rio de Janeiro” , disse Lula. “Eu duvido que o Moro durma com a consciência tranquila que eu durmo. Eu duvido que o tal do Dallagnol durma com a consciência tranquila que eu durmo. Aliás, eu duvido que o seu Bolsonaro durma com a consciência tranquila que eu durmo. Eu duvido que o ministro demolidor de sonhos, destruidor de empregos, destruidor de empresas públicas brasileiras, chamado Guedes, durma com a consciência tranquila que eu durmo. E eu quero dizer pra eles, eu estou de volta”.