O ministro Luís Roberto Barroso (foto), que vai assumir em setembro a presidência do Supremo Tribunal Federal, considera que apesar das tensões entre os poderes no Brasil, não há uma crise institucional no horizonte da democracia brasileira. No normal da vida, segundo Barroso, não é papel do Judiciário interferir em campanhas governamentais. Mas ele mesmo pontua que o STF interveio em situações específicas com três decisões: liberar os estados de pagarem as dívidas com a União durante a crise; assegurar aos estados e municípios o direito de coparticipação no combate à pandemia e proibir a veiculação da campanha “O Brasil não pode parar”, que convocava as pessoas de volta ao trabalho e às ruas. Por outro lado, disse que diante da pandemia do Covid 19, o problema econômico é inevitável e teremos de atravessar uma tempestade junto com o resto do mundo e, para isso, precisaremos de uma agenda pós-crise. As declarações do ministro foram para o canal alemão Deutsche Welle.