Para o Rodrigo Neves (foto), sócio-consultor da Áquila Consultoria, os efeitos na economia acarretados pela pandemia ainda são incertos, apesar da notória perda de atividade econômica pelas restrições sanitárias dos últimos meses. Provavelmente, só se conhecerás os reais impactos ao longo de 2020. Todavia, na opinião dele, desde abril o governo tem liberado uma informação muito interessante que merece atenção. O Brasil hoje conta com 18,8 milhões de pessoas jurídicas ativas. Desse total, 13 milhões são MEI´s, seguidas de 4 milhões de sociedades limitadas e o restante pelos demais tipos. Observa-se que no 1º quadrimestre de 2020 foram abertas 1,038 milhão de empresas, número 1,1% inferior ao mesmo período de 2019, e foram fechadas 351 mil empresas, 12,1% menos empresas que no mesmo período do ano passado. Sendo assim, apesar do cenário adverso, o saldo de empresas abertas ainda é positivo. Para Rodrigo Neves e os membros da equipe da gestão do conhecimento, coordenada pela consultora Flávia Rocha, ainda é preciso mais tempo para se estimar os reais impactos na geração de negócios no país. “Vale um olhar mais apurado nesses números, em que percebemos que as atividades com mais encerramento de CNPJ´s no período foram o Comércio Varejista e Empresas de promoção de vendas. Na contramão, com mais aberturas, vieram cabeleireiros, manicures e pedicures. Vale ressaltar que, em 2015 houve um pico no fechamento de CNPJs em função de uma lei complementar que deixou de exigir comprovantes de regularidades fiscais para o encerramento de empresas e em 2018 em função da aprovação de uma resolução que possibilitou o governo a cancelar MEIs consideradas inadimplentes ou sem declaração anual dos 2 últimos exercícios, ressalta o estudo da Áquila.
