Este ano, nas eleições proporcionais, o candidato a vereador não será eleito na sombra de coligações, que poderão ainda ser feitas para a área majoritária, a dos prefeitos. Por isso, essa campanha traduzirá o país real da política. Cada partido vai medir efetivamente seu peso na balança política. Como tem sido de praxe, e agora mais do que nunca, os nomes dos candidatos puxarão os votos. Será uma campanha nominal, com maior força dos líderes locais. Mesmo que velhas rixas partidárias ainda se repitam, vai ser hora de verificar a popularidade de Bolsonaro, efetivamente. Muitos tentarão demonstrar afinidade com o presidente em busca de fincar posições. Outros o abominarão. Vejamos o resultado que vai emergir das urnas, verdadeiro fator de aferição de tendências sem a manipulação de pesquisas. Pelo andar da carruagem, rara será a cidade que tenha a prerrogativa de dois turnos, que terá o seu prefeito eleito no primeiro deles. É possível que venha por aí um movimento de grande renovação, depurando as municipalidades de políticos ultrapassados.