A justificativa do ministro da Economia, Paulo Guedes, para ignorar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na discussão da reforma administrativa é a de que a negociação se dará com a base política do governo. O ministro tem dito que não é nada pessoal, mas funcional. Mas Guedes (foto) teria ficado irritado com Maia após um encontro entre ele e governadores do Nordeste, quando foi discutida a destinação de uma fatia do futuro IVA (imposto sobre valor agregado) para um fundo de desenvolvimento regional que poderia chegar a R$ 485 bilhões em dez anos. O governo prefere que esse fundo seja abastecido com recursos do pré-sal, o que gera insegurança nos governadores. Maia chegou a afirmar, ao final do encontro, que o Congresso será o árbitro para inclusão do fundo na reforma tributária, e que não adiantava o diálogo do governo federal com governadores.