Nos últimos meses o presidente Jair Bolsonaro vinha se movimentando para se fortalecer no Congresso Nacional, com apoio do centrão e passou a manter uma relação melhor com o Supremo Tribunal Federal. Mas os seus arroubos de raiva, como quando decidiu cancelar a compra de vacinas da Covid e a as ações da ala ideológica que o apoia, têm preocupado os políticos mais moderados que o acompanham. Após as críticas do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ao ministro da Secretaria de Governo, Luís Eduardo Ramos (foto), com aval de filhos de Bolsonaro e dos ideólogos de plantão, outro grupo decidiu sair em defesa de Ramos.
Em defesa de Ramos
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), foi o primeiro a se manifestar. Segundo ele, “o ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo”. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), completou afirmando que “não é saudável que um ministro ofenda publicamente outro ministro. Isto só apequena o governo e faz mal ao Brasil”. Ciro Nogueira, presidente do PP e uma espécie de líder supremo do Centrão, também manifestou apoio a Ramos e acrescentou que “a sua atuação tem sido fundamental na construção e estabilidade de uma base sólida no Congresso Nacional.” A ala militar quer uma posição de Bolsonaro e tem pressionado pela exoneração de Salles.
