Em 7 de janeiro, um dia depois de acompanhar a invasão ao Capitólio – uma tentativa fracassada de insurreição contra a confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais americanas –, o embaixador do Brasil em Washington, Nestor Forster Jr. (foto), escreveu um longo telegrama para Ernesto Araújo, narrando sua visão sobre o ocorrido. Na comunicação, o embaixador chama os manifestantes trumpistas de “arruaceiros”. O telegrama foi enviado a Brasília pouco depois de o ministro das Relações Exteriores defender publicamente os invasores. Narra o embaixador brasileiro que “mesmo após cenas chocantes de cerco e vandalismo do Capitólio, o Congresso, na madrugada de hoje, 7/1, certificou a eleição de Joseph Biden como o 46º presidente dos Estados Unidos, e de Kamala Harris, como vice-presidente”. Nas palavras do diplomata a “turba de manifestantes teve pouca dificuldade em penetrar o surpreendentemente frágil esquema de segurança articulado no entorno do Capitólio. Pouco depois, os arruaceiros já se encontravam na parte interna do edifício e invadiram os plenários das duas casas legislativas e escritórios de parlamentares”, concluiu Forster.