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Escassez de vacina no mundo

Paulo César de Oliveira
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O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas (foto), falou no Conexão 20/21, evento promovido pela VB Comunicação, das dificuldades enfrentadas, desde o início da produção das vacinas, devido ao ambiente político e ideológico, com repercussões no país e no mundo. As fake News e declarações equivocadas em relação ao trabalho desenvolvido no Instituto questionaram a credibilidade no desenvolvimento da vacina. Ainda assim, esse trabalho avançou. Mas os problemas não. Ele ressalta que temos escassez de vacina no mundo e nesse primeiro semestre estarão disponíveis de 70 a 80 milhões de doses. O que significa que uma porção restrita da sociedade será vacinada, embora essas pessoas representem mais de 70% dos casos de mortalidade. Para Dimas Covas, essa vacinação terá impacto no número de óbitos, mas ainda vamos conviver com elevado número de infecções. “Queremos chegar a pelo menos 70% da população, o que significa mais de 300 milhões de doses. A imunidade de rebanho ainda vai demorar, mas vamos impedir a mortalidade de parcela da população”. Ele também ressalta que esse é o maior desafio do país nos últimos 100 anos e a pandemia mostrou de forma clara as grandes deficiências como país: “não tínhamos como enfrentar a doença. Somos dependentes de insumos do exterior, desde o diagnóstico a respiradores. Fomos absolutamente dependentes, até das seringas e o exemplo maior de todos é a vacina, o que mostra a fragilidade do país como um todo. As pandemias vão voltar de tempos em tempos, nós perdemos a noção do que é estratégico. Essa dificuldade toda para fazer uma vacina está sendo superada por um esforço enorme, porque não temos um parque de biotecnologia para tratar desse tipo de desafio”.

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