Avançamos no mês de março e o governo nem sequer tem Lei Orçamentária Anual aprovada para o exercício de 2021. Não espanta, portanto, a desconfiança generalizada – excetuados os fervorosos fiéis da seita bolsonarista – no desempenho econômico do País. Quando deputado federal, os devaneios e a inépcia do atual presidente – nenhum projeto de lei aprovado em 28 anos de vida parlamentar – pouco mais produziram que algum rebuliço no submundo das redes sociais. Na Presidência, contudo, os efeitos do modus operandi bolsonarista se fazem os mais perversos. A milhares de mortes pela negligência, quando não pura e simples sabotagem, no enfrentamento do coronavírus se soma a deterioração do quadro macroeconômico. É certo que o baixo crescimento e o desequilíbrio fiscal se arrastam nos últimos anos, mas a volta da pressão inflacionária e do descontrole cambial são assombros revividos por Jair Bolsonaro. O conserto desses desequilíbrios demandará muito esforço e anos de trabalho em futuro próximo. Enquanto isso, Flávio Bolsonaro (foto) vai ser condenado a ser um senador impune. Deu para entender?