O aumento dos preços dos combustíveis tem causado muita discussão no país e gerado um efeito dominó em praticamente todos os setores da cadeia produtiva. A dificuldade para reduzir o valor nas bombas esbarra na arrecadação dos estados e da União, em um momento em que todos estão com a corda no pescoço. O combustível é a principal arrecadação nos estados e é responsável por uma boa fatia do que o governo federal embolsa em impostos, segundo o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mario Campos (foto). Ele lembra que são mais de 40 milhões de veículos leves circulando no país, além dos caminhões, veículos agrícolas e maquinário pesado.
Novo isolamento
Mario Campos não sabe como os preços irão se comportar com o isolamento social imposto em vários estados brasileiros, que impactam fortemente no consumo. Mas ele não acredita em redução no preço da gasolina pela Petrobras, ao contrário, a conversa é a de que pode ocorrer um novo ajuste nos preços. Já a entressafra da cana-de-açúcar termina no final de março. A expectativa é a de que com mais etanol a disposição do mercado os preços melhorem, mas não há uma garantia de que isso aconteça.