O troca-troca de ministros ontem está sendo entendido como uma mostra de que o Centrão está cada vez mais forte e influente junto ao presidente Jair Bolsonaro. Ele pediu o cargo ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva (foto), e não se opôs ao pedido de demissão de Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores. Após a demissão de Azevedo, a cúpula militar analisa também entregar os cargos. Outro que foi chamado ao Planalto e foi tirado do posto foi José Levi, que comandava a Advocacia Geral da União. Na dança das cadeiras, André Mendonça, que está no Ministério da Justiça volta para a AGU e o ministro da Casa Civil, Braga Neto vai para a Defesa. Para a Secretaria de Governo, foi convidada a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF). Para o Itamaraty, quem assume é o embaixador Carlos França. Entre os partidos do Centrão, a expectativa é a de que o governo avance e atenda a toda demanda por cargos do grupo.
Casamento do ano?
O Centrão está pulando fora da canoa furada do presidente Jair Bolsonaro e se juntando aos empresários. O preço do novo casamento é a troca dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Mas fica a pergunta: quem vai escolher os novos ministros? Bolsonaro & Cia. (filhos e guru)? O Centrão? Ou os empresários? Os empresários precisam tomar muito cuidado para não embarcarem em outra canoa furada, pois o Centrão não é exatamente flor que se cheire…