O ex-presidente Lula tem conversado com dirigentes de vários partidos para formar grandes palanques nos estados nas eleições de 2022. Mas tem pela frente uma pedra no meio do caminho para formar uma aliança com o MDB: a ex-presidente Dilma Rousseff (foto). O assunto começou a ser discutido no almoço de Lula com José Sarney em maio. Dilma resiste à ideia e afirma que não se esquece de que foi vítima de um golpe arquitetado pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o vice-presidente da República Michel Temer, ambos do MDB. Lula sabe que vai ser difícil demovê-la. Quem conhece a ex-presidente, como ele, sabe que Dilma tem pouca paciência com barganhas políticas e é uma negociadora dura. Mas Lula vai insistir com argumentos fortes: o tempo de televisão e o fato de que, apesar de ter perdido um quarto de prefeitos em 2020, o MDB, que possui a maior bancada no Senado, voltou a registrar o maior número de prefeitos (774) e de vereadores (7.335), posição que ocupa desde 1988. Outro problema seria fazer a militância petista digerir a aliança entre PT e MDB após ter demonizado o partido nos últimos anos. (Foto: Reprodução Internet)