O Exército negou acesso ao processo administrativo sobre a participação do general Eduardo Pazuello (foto) em ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, no final de maio no Rio de Janeiro. O Exército trata o processo como contendo informações pessoais e cita o dispositivo da Lei de Acesso à Informação (LAI) que garante, nessas situações, o sigilo por 100 anos. As informações são consideradas de acesso restrito.
Dos males o menor
A decisão do Alto Comando do Exército, no episódio envolvendo o general Eduardo Pazuello, foi a possível entre o ruim e o pior: ou dava margem à indisciplina, ou ampliava a crise, com a destituição do comandante, nomeação de outro, a ser destituído logo adiante. O responsável por tudo isso, uma vez mais, é o Congresso, que vem adiando há 30 anos a regulamentação da atividade militar na política, como já existe nas grandes democracias. O Congresso que não se apequene. A hora é agora ou a alternativa será seguir o triste caminho dos hermanos venezuelanos.