Falta pouco mais de um ano para o início da campanha eleitoral de 2022 e, ao contrário das disputas anteriores, esta, ainda patina nas incertezas provocadas pela pandemia. Na disputa pela presidência ainda há algum clima de disputa, especialmente pela polarização entre as candidaturas de Bolsonaro e Lula, que radicalizam seus discursos na tentativa de evitar a consolidação de uma terceira via, que amadurece com o nome do governador de São Paulo, João Doria que tem sido alvo de aliados dos outros pré-candidatos. Mas, se na disputa à presidência ainda há alguma movimentação que faz lembrar a proximidade da disputa eleitoral, nos estados, ou na maioria deles, os movimentos são tímidos de parte dos políticos e de total indiferença dos eleitores. Em Minas a disputa ainda se restringe a alguma movimentação interna nos partidos, que podem apresentar mudanças significativas nas filiações. E elas poderão trazer surpresas para a disputa ao governo do Estado. Uma delas poderá ser a candidatura do senador Carlos Viana (foto), hoje filiado ao PSD, mas que admite a possibilidade de trocar de legenda – ele estaria em conversações com dois partidos- para se lançar candidato a governador. Viana, um novato na política, exercendo o seu primeiro mandato político, deverá ser o “fato novo” nesta eleição. Bem articulado, com reconhecida capacidade de conciliação, firme convicções políticas, mas sem o radicalismo, Carlos Viana deverá compor uma sólida base partidária de apoio à sua candidatura, agregando inclusive partidos mais à esquerdas, hoje sem nomes com viabilidade eleitoral e que buscam uma candidatura confiável. A candidatura de Carlos Viana, que começa a ganhar corpo, será a opção para os eleitores que se negam a seguir com Zema e Kalil, outros nomes que devem compor o xadrez eleitoral em Minas. (Foto reprodução internet)