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Prefeituras esperam melhoras no segundo semestre

Paulo César de Oliveira
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Os prefeitos da região Sul e Zona da Mata discutiram durante o Fórum de Minas, evento promovido pela VB Comunicação, a realidade atual dos municípios. Os impactos da pandemia da Covid-19 e o pós-pandemia. A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão (foto), disse que os efeitos da pandemia foram devastadores e a situação poderia ter sido menos trágica se fossem tomadas as medidas certas desde o início da crise sanitária. A prefeitura já conseguiu vacinar quase 50% da população- mais de 200 mil pessoas já foram imunizadas- mas houve um atraso no início desse processo, que poderia estar mais avançado. Com a vacinação, a expectativa é a de que no segundo semestre haja uma recuperação rápida da economia. Margarida Salomão falou que pelo menos 1,5 milhão de pessoas de cidades da região buscam a estrutura da cidade para resolver seus problemas e por isso ela decidiu criar o Fórum pela Vida, com participação da sociedade e os agentes econômicos, para que todos tivessem voz. Esse fórum ajudou a se chegar a protocolos valiosos, segundo Margarida Salomão, para permitir a retomada da vida da cidade, a convivência, a vida social, as escolas. Tudo isso deve acontecer a partir do segundo semestre, contando com o avanço da vacinação, inclusive dos professores. Já pensando no pós pandemia, nos primeiros 100 dias de governo, a prefeita decidiu pela publicação do protocolo Desenrola, para desburocratizar os processos na prefeitura e a inauguração da Sala do Empreendedor, que coincidiu com o aniversário da cidade. Outras medidas foram tomadas pela prefeitura, que concedeu o perdão fiscal e medidas como pagamento à vista com 50% de desconto e 40% para os que optaram por parcelar, ajudando, principalmente os pequenos e médios empreendedores. Ela disse, ainda, que conta muito com o governo do estado para debater temas importantes como energia limpa e colocar em prática indústrias e empreendimentos portadores de futuro, segundo ela.

Turismo e desenvolvimento

O prefeito de Camanducaia, Rodrigo Oliveira, ressaltou que a cidade localizada na Serra da Mantiqueira, é um município atípico, com zona rural grande e turismo em ascensão. A sua localização e a proximidade com a cidade de São Paulo, que fica a duas horas de Camanducaia, torna o turista paulista como o maior público da cidade. O distrito de Monte Verde, a Suíça Mineira, chega a receber mais de 12 mil pessoas nas temporadas, que procuram as 50 pousadas da região. Durante a pandemia foi adotada uma barreira sanitária e um número reduzido de hospedagem, sem que houvesse a necessidade do fechamento total da cidade. Fiscais e agentes sanitários trabalharam e têm trabalhado para manter as regras sanitárias. O turista tem que se sentir seguro, segundo Rodrigo Oliveira, que já conseguiu vacinar quase metade da população. Sua maior dificuldade é em relação aos leitos de UTI. Apesar de receber muitos turistas, a infraestrutura na área de saúde preocupa. A cidade teve que usar recursos próprios para garantir o atendimento à população. Por isso, a decisão de adotar regras rigorosas, que permitiram manter o controle da situação e a continuidade das atividades na cidade. Além de Monte Verde, que está entre os 10 locais mais aconchegantes do mundo, segundo o prefeito, o distrito de São Mateus de Minas, também é um roteiro turístico muito procurado.

Doença ainda assusta

A pandemia da Covid-19 ainda preocupa as cidades próximas a Andradas. Segundo a prefeita Margot Piolim, “passamos o pior momento da pandemia”. Tanto que os prefeitos das cidades próximas se reuniram para tomar medidas restritivas para amenizar o índice alarmante de contaminação da Covid-19, segundo o relato de Margot no Fórum de Minas, evento promovido pela VB Comunicação. Ela disse que os Hospitais estão com mais de 100% de lotação e esse é um motivo de grande preocupação dos prefeitos, que estão contando com recursos dos cofres municipais para conseguir manter o atendimento à população. Essa situação acontece, mesmo com quase 50% da população vacinada na cidade. Apesar da crise sanitária, Margot Pioli disse que a população está em sintonia com o governo de Minas para buscar o desenvolvimento do município. O programa de concessão de rodovias e a presença do Estado em outras questões tem sido importante, segundo a prefeita, para o desenvolvimento de Andradas e da região, que tem na agricultura, floricultura e indústria moveleira os setores que movimentam a economia. Um outro setor que a cidade busca resgatar é uma tradição antiga, que foi desenvolvida a partir da imigração italiana. Andradas chegou a ter 40 adegas, hoje são apenas sete, mas a prefeitura está trabalhando com parcerias e arranjos produtivos locais para retomar essa produção. Esse setor também está abrindo a possibilidade para se buscar investimentos em embalagens, que hoje são compradas da China. Em outra ponta, o turismo religioso é tido como uma outra opção da economia da cidade. O chamado Caminho da Fé, é um dos roteiros que atrai muitas pessoas, que também buscam o ecoturismo. A cafeicultura também é uma cultura que está tendo destaque especial, inclusive com possibilidade de exportação para a Itália. Nesse processo, a Sala do Empreendedor tem sido fundamental para desenvolver todos esses projetos.

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