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Profissionalizando a atuação

Paulo César de Oliveira
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Leonardo Antonacci (foto), do Clube das Tintas, conta que o início da atividade foi muito difícil porque o mercado de tintas está nas mãos de multinacionais, que escolhem seus parceiros, e dificilmente escolhem os pequenos comerciantes. A mudança começou a partir do momento em que ele e outros comerciantes fizeram uma visita ao Clube da Casa e foram aconselhados a procurar o Sebrae. Foi quando esse grupo começou a ter o assessoramento técnico do Sebrae e iniciou esse trabalho de comprar as tintas juntos. Logo eles perceberam que o ideal era vender juntos e fizeram vários processos, gestão financeira, estudo de mercado, estratégico, gestão de pessoas. Foram inúmeros processo. Eles fizeram, inclusive, uma missão na Itália, e com essa parceria do Sebrae, trocaram ideias e informações, padronizaram as lojas. Leonardo Antonacci disse que o Clube das Tintas funciona como se fosse uma franquia. Eram inicialmente 17 lojas com nomes diferentes e do dia para a noite virou o Clube das Tintas. Hoje estão com 35 lojas. No início era Grande BH e com esse trabalho chegaram a 18 cidades e devem expandir para mais duas. Tem tudo monitorado e os participantes tiveram um crescimento de 400% em termos de faturamento. O objetivo era de comprar das multinacionais, com margem sacrificada, mas hoje reverteram esse processo e passaram a ser clientes estratégicos das três multinacionais de tintas que atuam no país. E o melhor, vendem bem mais do que antes.

Unindo esforços 

A representante do Sebrae, Poliana Gontijo, explica que esse trabalho junto a rede de varejo Clube da Tinta em 2015, trouxe vários avanços. Ela conta que era cada um dono de sua loja e a dificuldade maior que eles enfrentavam era o fato de serem pouco competitivos. Eles praticamente só compravam de representantes comerciais, o que permitia uma margem de lucro irrisória. A partir do momento em que esse grupo de empresários viu a possibilidade de trabalhar em rede tudo mudou. Eles viram a necessidade de formar a rede e para manter o negócio saudável foi adorada uma metodologia da cooperação e uma central de negócios. Foi um trabalho de construção coletiva para ampliar a capacidade de agir de forma unificada para conseguir o objetivo comum. A resposta positiva com a central de negócios veio com compartilhamento de soluções, campanhas, planejamento estratégico, um conjunto de ações desenvolvidas para aumentar a lucratividade. Foi um projeto que levou cerca de quatro anos, segundo Poliana. O grupo já amadureceu com a profissionalização da gestão. O problema que acontece normalmente é que os empreendedores conhecem muito do produto, mas deixam a gestão de lado. Com a visão mais estratégica e empreendedora, os resultados são transformadores.

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