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Trabalhadores exaustos

Paulo César de Oliveira
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Em meados do século XVIII, quando estavam em curso as grandes transformações promovidas pela Revolução Industrial, o economista francês François Quesnay cunhou o termo “produtividade” para indicar o nível de eficiência em produzir o máximo no menor tempo possível. O conceito original continua valendo, mas a disseminação do home office, que incorporou o escritório ao ambiente doméstico, esgarçou os limites da jornada e cultivou o que vem sendo chamado de “produtividade tóxica” — a situação em que a pessoa acorda e vai dormir trabalhando, com efeitos negativos para o bem-estar, a saúde mental e o próprio desempenho. Em uma pesquisa recente com trabalhadores de oito nacionalidades, realizada pela Microsoft em parceria com a Universidade Harvard, os brasileiros foram os que mais se disseram exaustos com o ritmo do batente na modalidade remota, em que muita gente ainda patina para encontrar o equilíbrio. (Foto reprodução internet)

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