Que a tensão política atingiu nível inédito desde a redemocratização do país, em meados dos anos 1980, não há dúvidas. Já não há entre políticos experientes e estudiosos da democracia quem veja normalidade nos confrontos envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e seu governo e os demais Poderes da República. Como isso se traduz nos preços dos ativos é outra história. A bolsa brasileira descolou de boa parte dos mercados globais, apesar da normalização de atividades econômicas com a queda no número de casos de Covid – graças ao avanço da vacinação no país. Mas ainda há boas oportunidades entre as dezenas de ações, muitas das quais de empresas que continuam a crescer apesar de Brasília. Juros futuros subiram, enquanto o câmbio, canal que em geral mais reflete o nível de risco de um país, se distanciou do patamar de R$ 5 no qual transacionou antes do agravamento da crise. Pesam contra o valor dos ativos também as incertezas fiscais e a perda de confiança na economia em meio a propostas como a reforma do Imposto de Renda, com aumento de impostos para empresas, e o parcelamento unilateral no pagamento dos precatórios. São eventos interligados ao que se passa na esfera política. (Foto reprodução internet)