Blog do PCO

Agronegócio e mudanças climáticas

Paulo César de Oliveira
COMPARTILHE

Ana Paula Bicalho de Mello (foto), gerente de Meio Ambiente do Sistema FAEMG, considera que estamos em um momento emblemático e os eventos climáticos extremos já estavam sendo vivenciadas devido à seca e geadas que impactaram a agricultura. Em sua participação no Diálogos intersetoriais para combate às mudanças climáticas, evento promovido pela VB Comunicação disse que todos os segmentos despertaram de vez com essas mudanças. Todos falam e vivem o problema dos efeitos negativos das mudanças climáticas e todos querem tomar ações para adaptar a essa situação. Ana Paula lembra que a agropecuária depende do tempo e qualquer mudança extrema no clima, impacta no setor. Outro fator preocupante diz respeito ao crescimento populacional. “A população cresce em todo mundo. Teremos a população estabilizando na China em 2050, na Índia vai continuar crescendo por muito tempo e temos a questão da alimentação e o Brasil precisará ser o responsável por boa parte da alimentação mundial”. A emissão de poluentes também sofreu uma redução significativa em 2020, mas a um custo muito alto devido a pandemia da Covid. Mas Ana Paula lembra que as emissões de gases de efeito estufa já voltaram ao mesmo nível em que estavam antes da pandemia. No seu entendimento, será preciso usar de estratégicas que foquem não só na questão ambiental, mas também na geração de emprego verde para que a população permaneça no meio rural. Ela disse que Minas Gerais, nesse caso, tem vários exemplos de tecnologia sustentável, tanto é que o cadastro ambiental mostra o tamanho de uma Inglaterra, ou duas Escócias de vegetação nativa nas propriedades rurais. O estado tem metade da área da Dinamarca em florestas plantadas. Considerando os números oficiais, ela acredita que Minas Gerais já conseguiu chegar à meta. A representante da FAEMG também disse que o estado é bem cortado e drenado com nascentes hídricas e a FAEMG tem várias ações e projetos, uma delas no projeto Nosso Ambiente, que diz respeito às nascentes. Com a implantação do projeto, já foram recuperadas aproximadamente duas mil nascentes. “Nós temos a integração lavoura, pecuária e floresta”, explicou Ana Paula, que disse que a FAEMG tem metas ambiciosas, principalmente com outras áreas, se engajando a várias iniciativas desenvolvidas pela entidade. Em outro programa da federação, o ABC, o objetivo é melhorar a produção, a renda e pensar como o pequeno produtor rural pode entrar nesse processo de estoque de carbono para que ele participe desse mercado. Ana Paula disse que não existe agricultura como a ”nossa”, com um Código Ambiental, com a regularização ambiental das propriedades, com foco na biodiversidade.

COMPARTILHE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

News do PCO

Preencha seus dados e receba nossa news diariamente pelo seu e-mail.