Segue o processo. Os milhares de candidatos a deputados- estadual e federal- aos governos dos estados, ao Senado e à presidência da República estão escolhidos. Muitos, senão a maioria, estão listados apenas para compor a chapa e vão desistir, ou simplesmente não fazer campanha. É assim em toda eleição e nesta, já se sabe, não será diferente. Aliás, o que esta eleição deverá apresentar de novidade em relação a todas as outras já realizadas no país é a radicalização religiosa da disputa. Não se discute projetos, não se debate ideias. Busca-se, e aí especialmente o presidente Bolsonaro, transformar a disputa entre o bem e o mal e entre Deus e o Capeta. Até que ponto isto pode decidir uma eleição e mais, até que ponto isto vai dificultar o lado vencedor- situação ou oposição- na condução da gestão pública a partir do ano que vem. O que se sabe é que, os eleitos terão muito trabalho pela frente. As perspectivas da economia são as piores- um problema que não é apenas do Brasil- e a radicalização política entre nós poderá inviabilizar os governos em todos os níveis. Na próxima segunda-feira as campanhas poderão ir para as ruas, muito embora elas já estejam nas redes sociais, com ataques a adversários e divulgação de notícias falsas, seja para denegrir adversários, seja para louvar aliados. E será assim até o final das eleições. A rede não tem controle a Justiça Eleitoral sabe disto. Mas se a rede não se controla, desde sábado estão valendo as regras que impõe um freio na imprensa. São, segundo o TSE, medidas “ que visam garantir tratamento isonômico pelos meios de comunicação às candidaturas e evitar que o posicionamento político-ideológico das eleitoras e dos eleitores seja devassado” Em tempo: a quais conclusão chegaram os técnicos das Forças Armadas que fizeram uma auditoria nas urnas e no sistema de apuração dos votos da Justiça Eleitoral? Os “técnicos” das Armas vão respaldar ou fazer calar as críticas de Bolsonaro? (Foto reprodução internet)