São muitos os desafios na educação do país, segundo a diretora do Colégio Santa Dorotéia, Zuleica Reis Ávila, durante o Painel sobre Educação, na 11ª Edição do Conexão Empresarial Anual. Para ela, só se pode construir um país, investindo na educação. Na sequência, Winder Almeida de Souza (presidente do SINEPE MG), falou da situação da educação nas escolas mantidas pela prefeitura de Belo Horizonte, Segundo ele, o município, não está conseguindo pagar o dinheiro da educação. Por outro lado, as escolas particulares tiveram muitas dificuldades durante a pandemia e, também devido aos impostos. Ele reclama que a escola é penalizada por ser um empregador, por ter mão-de-obra intensiva e paga mais por isso. É preciso, no seu entendimento, buscar unidade na questão tributária. Na sequência, Átila Simões (Conselho Consultivo do Grupo Ânima), disse que a população que está cursando curso superior, ainda está muito abaixo das metas estabelecidas anteriormente. “O ensino superior tem muitas possibilidades, mas tivemos o fim do Fies e está à mercê do mercado”. Átila Simões disse que viu muita gente deixando curso de psicologia para fazer engenharia, por falta de possibilidades. Os jovens estão a mercê da própria sorte. Eles buscam o que dá mais emprego. Os alunos do curso superior precisam trabalhar e vão buscar as carreiras que lhes garanta emprego. “É preciso que haja um projeto de educação de longo prazo e essa situação mostra o descaso em relação ao curso superior. O Brasil é uma nação jovem”. Ela falou do debate que vem ocorrendo em relação ao ensino à distância e como a pandemia avançou com esse debate e o fim do preconceito em relação ao ensino à distância. “O problema é que essas tecnologias custam caro, mas é um problema que o setor terá que enfrentar.
Crianças e adolescentes vulneráveis
A defensora Pública Raquel Costa Dias entende que é preciso trabalhar na inserção das crianças e adolescentes vulneráveis para tenham acesso à educação. Hoje o sistema atende a 82% da população. Ela entende que em uma escola pública não basta capacitar apenas os professores e servidores. É preciso, segundo ela, ter um cuidado com a família. Dentre vários projetos que a Defensoria tem, um deles objetiva reduzir a criminalidade. O mutirão no Direito a ter Pai é uma das ações para garantir a regularização da convivência. Esse trabalho, segundo Raquel, é porque grande parte da população carcerária não tem pai. Por isso a estruturação da família é importante. A violência física nas escolas públicas também é uma constante e quando há a atuação da Defensoria Pública, ocorre uma diminuição significativa na violência. “Diminuindo a violência, aumenta a permanência das crianças e adolescentes nas escolas”. A presidente do FENEP e Conselheira do CNE, Amábili Pácios, foi nomeada pelo presidente Jair Bolsonaro para o Conselho Nacional de Educação e agora para a presidência do Conselho. Ela pode perceber, nesse seu trabalho, que atrás de cada agenda tem um desafio grande e é preciso entender que a educação é uma preocupação de todos. “Nós só temos uma saída e é a educação”. Segundo ela, nós não temos problema de dinheiro, temos problema de gestão. (Foto: Amábille Pacios, Raquel Dias, Zuleica Reis, Átila Simões e Wender Almeida Souza)