A reta final de campanha tem sido tensa nos comitês eleitorais do ex-presidente Lula e do presidente Jair Bolsonaro. Lula tenta aumentar ou, pelo menos, manter a distância que o separou de Bolsonaro no primeiro turno para voltar a subir a rampa do Palácio do Planalto. Já Bolsonaro, trabalhou até aqui, para tentar vencer essa diferença e ultrapassar o presidente Lula. Com a pequena diferença que os separa, vence quem errar menos nos próximos dias.
Guerra digital
A última semana das eleições presidenciais de 2022 deve ser marcada por uma guerra de mobilização nas redes sociais estimulada pelas campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Jair Bolsonaro (PL). A disputa voto a voto tem motivado um exército de anônimos, que se junta aos famosos, na tarefa de influenciadores digitais. Eles seguem orientações das campanhas para ações que tentam furar a bolha, evitar abstenções e convencer indecisos. Em meio a isso, uma enxurrada de notícias falsas confunde eleitores e aumenta o alerta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma das estratégias dos dois candidatos são as chamadas “missões do dia”, mensagens que determinam o que os apoiadores devem compartilhar em grupos de famílias ou em redes individuais. Podem ser vídeos, cards, pedidos para assistir a lives, definidos pelas campanhas como algo que dá resultado. De um lado, há os bolsonaristas, que estabeleceram desde 2018 uma expertise de mobilização na internet, e se beneficiam de atividades bem coordenadas. De outro, apoiadores de Lula, com grupos orgânicos crescentes no WhatsApp, Telegram e outras redes, para dar capilaridade às mensagens da campanha petista. (foto/reprodução internet)