O circo político das CPIs

Seriedade. É só o que se cobra de deputados e senadores nas apurações dos atos contra a democracia brasileira, praticados por radicais políticos e aproveitadores de ocasião no 8 de janeiro. O andamento dos trabalhos da CPMI criada para apurar os atos e vandalismo e mesmo de terrorismo não sinaliza que seremos capazes de apontar culpados e, identificando-os, levá-los às barras da Justiça. O que se vê até agora é fanfarronice de muitos e seriedade de poucos indicando que, como em outras ocasiões, tudo vai terminar em pizza. Pior, corremos o risco de estarmos montando palanques para os que usam a CPMI para alimentar suas redes sociais de fatos forjados, exaltando figuras despreparadas para a atividade política. Basta ver a quantidade de despreparados de toda sorte que surgem nas reuniões da comissão- sem dela fazerem parte- com discursos radicais se fundamento, apenas para montar o seu circo político. Isto ainda vai custar caro para o país, impedindo apuração de fatos que colocam em risco nossa democracia- muitas vezes nossa economia- e criando falsos heróis de redes sociais. As CPIs, instaladas no Senado e na Câmara, precisam, sempre, ir fundo na apuração dos fatos que geraram suas instalações. Fiscalizar é o trabalho essencial dos Parlamentos.