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A história se repete

Paulo César de Oliveira
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A ministra Simone Tebet (foto/reprodução internet) dá um verniz de “frente ampla” a um governo cada vez mais petista, assim como Sergio Moro dava um verniz de combate à corrupção a um governo que cada vez mais sabotava esse combate. Quando Jair Bolsonaro atropelou o então ministro da Justiça e trocou o diretor da Polícia Federal por um amigo de família, Alexandre Ramagem, após manifestar incômodo com investigações sobre filhos e aliados, Moro deixou o governo, porque não quis responder pelos eventuais atos de um indicado político naquele contexto. Moro, que já era odiado pela esquerda por ter condenado Lula em primeira instância, acabou sendo fritado também pelo bolsonarismo, com o qual, em 2022, veio a retomar aliança contra a volta do PT.

Vida que segue

Tebet, que já é rejeitada por antipetistas pelo apoio a Lula no segundo turno, recompensado com cargo em seu governo, não quis ser fritada também pelo lulismo, com o qual mantém aliança em nome do combate à fome, à desigualdade e à extrema-direita. As vozes independentes, hoje raras no jornalismo, foram quase extintas na política brasileira, onde parasitar Bolsonaro e Lula, relevando seus desmandos e apadrinhados negacionistas, tornou-se o único horizonte de sobrevivência, com perspectiva, mesmo que remota, de poder.

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