Em meio à tensão com um governo insatisfeito com a privatização, a saída inesperada de Wilson Ferreira Jr. (foto/reprodução internet) da presidência da Eletrobras, anunciada na noite de terça-feira, logo trouxe o temor de algum tipo ingerência estatal sobre a companhia. Mas, ainda que tenha agradado o governo, a renúncia do executivo – um dos mais respeitados do setor elétrico – aconteceu após meses de desgaste com o conselho de administração da empresa. Com essa renúncia inesperada, mercado perde executivo de referência, mas narrativa não é de ingerência política. Com capital pulverizado, a Eletrobras tem hoje um conselho atuante, que reflete o conjunto de forças dos acionistas privados, com competências específicas, e que não raro se reúne mais de uma vez na semana.