Violência e impunidade

A fase é de horror. Não tenho lembrança de um período de tanta violência, não política, no país quanto o que estamos vivendo. São crimes de toda tipo, de violência física a psicológica, praticados por cidadãos de todas as idades e de todas as classes sociais. Violência e impunidade. É de assustar. Para completar assistimos a um aumento descontrolado da violência do Estado- Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo são exemplos- com a polícia matando em mal esclarecidos embates com supostos criminosos. Só na Bahia, em setembro, foram 68 mortes nos chamados confrontos nunca comprovados. É uma situação estarrecedora e, reconheçamos, de difícil solução. O governo fala em lançar hoje mais um plano anticrime com soluções mágicas. É sempre assim. Mas nada se resolve. É preciso tratar o problema da violência com seriedade e sem demagogia. A sociedade, por outro lado, precisa compreender que nunca se conseguirá acabar com a violência. Mas é possível minorar a situação, agindo com firmeza e inteligência. Sem pieguismos nem excessos. Usando a força do Estado que não significa como se vê hoje o direito de matar. O criminoso não é, sempre, uma vítima da sociedade. Não tem que ser tratado assim, mas precisa ser respeitado. O uso da força, dentro dos limites da necessidade, precisa ser compreendido. Quem excede, precisa ser punido também. Este é um assunto para a sociedade debater. Não é possível deixar que falem apenas os radicais dos dois lados. Dos que querem soluções drásticas e dos que transformam em vítimas os que delinguem. Onde anda o Congresso? Onde anda a sociedade?  (foto/reprodução internet)