O governador Romeu Zema (foto/reprodução internet) cobrou ontem maior rapidez do Governo Federal para analisar a proposta apresentada pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD), que prevê a federalização das empresas estatais mineiras em troca da redução da dívida de Minas com a União. O governador está preocupado com o fim do prazo determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que o estado volte a pagar a dívida com a União e cobrou agilidade do Ministério da Fazenda para decidir sobre a alternativa proposta pelo presidente do Congresso Nacional. Segundo Zema, “nosso plano visa recuperar a economia de Minas. A situação financeira é gravíssima. Uma dívida de R$ 160 bilhões. Em uma situação normal, significa um desembolso mensal de R$ 1,5 bilhão, ou seja, R$ 18 bilhões por ano. Se em 2024 nós não tivermos a adesão ao plano de recuperação, vamos ter que pagar à União R$ 18 bilhões. Nós simplesmente não temos esse recurso”.
Novo recurso no STF
Com a dificuldade do governo em convencer os deputados estaduais em votar o pedido para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, o governador Romeu Zema pretende recorrer, mais uma vez, ao Supremo Tribunal Federal. O governador quer estender o prazo para o pagamento da dívida de Minas com a União para evitar o gasto de um recurso, que segundo o governador, o governo não tem. Ontem, o governador almoçou com o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Leite, para discutir a tramitação do projeto na Casa.