Quando o governo federal colocou em vigor o programa Desenrola Brasil, na metade de julho deste ano, três em cada dez famílias brasileiras estavam com ao menos uma conta atrasada (29,6%), segundo a Confederação Nacional do Comercio (CNC). Dessas, cerca de 12% diziam, pior do que isso, não ter condições momentâneas de pagar as dívidas vencidas. Cinco meses depois, essas proporções permanecem praticamente intactas: no fim de novembro, 29% dos lares do país estavam inadimplentes e, desses, 12,5% não tinham como quitar suas despesas atrasadas. Para o economista Guilherme Dietze (foto/reprodução internet), o insucesso tem como explicação uma conjuntura econômica que ainda não se adaptou aos propósitos do projeto inicial: mesmo com as vantagens oferecidas pelos bancos, as pessoas estão sem recursos em mãos para liquidar as contas.