Em um país onde é difícil encontrar recursos no orçamento federal para saúde, educação, obras de infraestrutura e outras necessidades da população, parece uma piada de mau gosto o aumento de 145% no valor do Fundo Eleitoral, aprovado ontem no Congresso Nacional. A aprovação ocorre um dia após a Comissão Mista de Orçamento dar aval ao relatório orçamentário apresentado pelo deputado federal Luiz Carlos Motta (foto/reprodução internet), PL-SP, que projeta as receitas e as despesas da União para 2024 e inclui três pontos destacáveis, alvos de intensas negociações entre Legislativo e governo: a destinação de cerca de R$ 53 bilhões em emendas parlamentares, o corte de R$ 6,3 bilhões nos recursos para o PAC e a injeção de R$ 4,9 bilhões no Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Se os congressistas aprovaram esse valor para as eleições municipais, imagina quanto o país terá que pagar em 2026?