Todos sabem o compromisso de sangue que reina entre os representantes nordestinos, independente da sigla partidária, quando há uma causa maior em jogo. Eles agem como os 300 de Esparta. Até hoje, é bem viva a cena daquela travessia de ACM com uma trupe de deputados (do PDS até o PT) pela praça dos Três Poderes em direção ao Palácio do Planalto para constranger o presidente Itamar (que acabou não dando certo), mas que só veio chancelar o jeito dessa região fazer a política do cabo de guerra é uma peixeira na cintura.
Foi esse primado o principal esteio para que o atual presidente da Câmara Federal, Arthur Lira(foto/reprodução internet) fosse eleito e reeleito desde 2020. Havia um pacto para sagrar presidente da Câmara um outro nordestino, no caso, um deputado da Bahia. Todavia, a desmesurada ambição do Lira em continuar com alguns cordéis na mão, o fez romper compromissos que jamais poderiam ter sido quebrados e que foram rompidos. É voz corrente que Lula, com sua sagacidade, foi o real vencedor dessa batalha que deve lançar Lira ao ostracismo como se ele fosse vítima de sua própria ambição.