Com a apresentação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas do 4º bimestre ao Congresso Nacional, a necessidade de um novo congelamento de gastos se tornou uma discussão urgente entre economistas do mercado financeiro. Os especialistas sugerem que essa medida é crucial para que o governo do presidente Lula consiga manter-se dentro dos limites estabelecidos pela meta primária para 2024 e pelo novo marco fiscal. Essa possível contenção seguirá a linha do bloqueio realizado em julho, que envolveu R$ 11,2 bilhões em congelamentos e R$ 3,8 bilhões em contingenciamentos.
Estima-se que o novo congelamento também necessitará de cortes significativos, possivelmente na casa dos dois dígitos. O economista Tiago Sbardelotto (foto/reprodução internet), da XP Investimentos, destaca que a expectativa em torno das receitas advindas do retorno do voto de qualidade no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) será um fator determinante para quantificar o eventual contingenciamento. No entanto, uma recente auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), revelou que a arrecadação relacionada a essa medida foi abaixo do esperado, o que pode complicar ainda mais o cenário fiscal. Dessa forma, o governo enfrenta um desafio duplo: evitar excessos nas despesas, garantindo a sustentabilidade financeira do país, e lidar com a frustração de receitas que não se concretizam conforme planejado.
