A perspectiva de crescimento econômico do Brasil enfrenta desafios, com a previsão de expansão de apenas 2% nos próximos anos. A inflação anualizada de 4,42% supera a meta de 3% e se aproxima do limite de tolerância de 4,5%, pressionando o Banco Central (BC). Os diretores da instituição, liderados pelo futuro presidente Gabriel Galípolo(foto/reprodução internet), terão a difícil tarefa de evitar um novo aumento na taxa de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 17 e 18.
Galípolo, atual diretor de Política Monetária, tem a oportunidade de demonstrar a independência de seus mentores políticos, o ministro Fernando Haddad e o presidente Lula. Enquanto Lula tem evitado pressionar diretamente o novo presidente do BC, ele indicou, em um discurso recente, sua expectativa de que a taxa de juros seja reduzida em breve, citando uma visão de inflação controlada e crescimento do emprego e da renda. Embora o PIB deva crescer 3% neste ano, segundo o boletim Focus, a inflação de 4,38% e uma taxa de juros de 11,75% projetada para dezembro sugerem um cenário de desafios à frente.