Eleições municipais não traçam desenho para 2026

Ao contrário do que se esperava, as eleições municipais deste ano não desenharam no horizonte de 2026, a disputa pela presidência da República. Lula e Bolsonaro não empolgaram e, ao contrário do que se propunham, não conseguiram radicalizar a disputa, armando o palanque de 2026. O eleitor, parece, não demonstra qualquer interesse em antecipar o tema e dá mostras de que os dois pré-candidatos não estão despertando interesse. Pesquisa Quaest divulgada ontem, e realizada no final de outubro, traz dados intrigantes. O maior deles, sem dúvida, é o surgimento do nome de Pablo Marçal como um presidenciável à frente de Tarcísio de Freitas. Uma situação que demonstra o desinteresse do eleitor com a futura disputa. Curioso também, mostra a pesquisa, é o comportamento do eleitor em relação a Lula. No levantamento, o petista aparece na liderança, mas com uma curiosa rejeição nos eleitores com renda até dois salários-mínimos. 56% deste eleitorado considera que Lula não deve disputar um quarto mandato. Não o rejeitam abertamente, mas preferem não vê-lo na disputa. Num quadro assim, Lula se arriscaria? Bolsonaro, inelegível, não aparece na pesquisa. Seus votos ficam divididos entre Marçal e Tarcísio, tecnicamente empatados. (foto/reprodução internet)