O governo Lula está em fase de finalização de um pacote para conter gastos obrigatórios, com a expectativa de um anúncio após o segundo turno das eleições municipais. Neste período eleitoral, o processo legislativo está temporariamente suspenso, mas a proposta de revisão de despesas será submetida ao Congresso dependendo do progresso na regulamentação da reforma tributária, o que representa um avanço na agenda econômica. Os próximos quatro meses serão decisivos para os últimos dois anos do terceiro mandato de Lula (foto/reprodução internet), com a política fiscal sendo fundamental nesse contexto. A equipe econômica está considerando dois cenários: um que se concentre em ajustes em benefícios sociais e previdenciários, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), e outro mais abrangente, que contemple uma revisão de diversos programas governamentais. Embora o segundo plano seja mais desejável, qualquer movimento em direção à redução de gastos será bem-recebido pelos mercados, contribuindo para a estabilidade econômica. O ministro Haddad reconhece que a gestão dos gastos se tornou uma prioridade central nas discussões com Lula.