Desde o início de setembro, o dólar apresentou uma alta de 4% em relação ao real, refletindo pressões internas e externas. Analistas apontam que essa tendência deve elevar as projeções do câmbio para o fim de 2024, apesar de algum alívio em relação ao recente pico de R$ 5,70. Três fatores principais pesam sobre a valorização da moeda americana: a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) dos EUA não fará cortes agressivos de juros nas próximas reuniões, o aumento das preocupações com a política fiscal brasileira, e a possível vitória de Donald Trump nas eleições, que pode trazer políticas protecionistas.
Embora a alta nos preços das commodities pudesse ajudar o real, as incertezas envolvendo a China e o Oriente Médio aumentam os riscos. A frustração com a falta de clareza no novo pacote de estímulos da China também agrava o cenário. Além disso, a percepção de investidores piorou com a possibilidade de criação de um imposto mínimo para milionários no Brasil, medida que impacta o quadro fiscal e contribui para a desvalorização da moeda. Analistas calculam que o dólar estaria em torno de R$ 5,10 se não fosse a instabilidade política e fiscal no país. (Foto/reprodução internet)