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O estado crítico da infraestrutura no Brasil 

Paulo César de Oliveira
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Cláudio Frischtak

A infraestrutura brasileira enfrenta uma crise preocupante, demandando um aumento significativo de investimento para alcançar entre 4% e 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) anual. Atualmente, as despesas ficam abaixo de 2%, o que contribui para a aceleração da degradação dos ativos já existentes. Um estudo encomendado ao economista Cláudio Frischtak (foto/reprodução internet), da consultoria Inter.B, revela que, para melhorar o bem-estar da população e a competitividade das empresas, o Brasil precisará dobrar os investimentos nesse setor ao longo dos próximos 20 anos. O estoque de capital em infraestrutura, que representa o valor total dos ativos disponíveis, equivale a apenas 35,5% do PIB, enquanto deveria ultrapassar 60%, conforme indica o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 

Os melhores índices historicamente foram observados na década de 1980, mas desde então, têm apresentado uma tendência de queda acentuada, com pequenas recuperações em períodos limitados. Adicionalmente, entre 2022 e 2024, os investimentos permaneceram em níveis alarmantemente baixos, abaixo de 1,9% do PIB, o que contrasta com a necessidade mínima de 1,4% para evitar a depreciação. 

Os setores mais carentes de investimento são transportes e saneamento, que necessitam receber mais do que o dobro do investimento médio anual dos últimos anos. É crucial que o Brasil assuma um compromisso firme para reverter esse cenário e promover uma infraestrutura mais robusta e resiliente.

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