Nos próximos dez anos, a China poderá registrar uma redução de 51 milhões em sua população, equivalente à população da Espanha. Esta tendência negativa não se limita a uma década; as projeções indicam que a população pode ser reduzida pela metade até 2100. O país, que atingiu seu pico populacional de 1,4 bilhão em 2021, enfrenta um cenário preocupante impulsionado pelo envelhecimento da população, taxas de natalidade em queda e a diminuição dos casamentos, acompanhada de altos custos de habitação e educação.
A política do filho único foi abolida em 2016, mas os esforços para aumentar as taxas de natalidade ainda não mostraram resultados significativos. Incentivos financeiros, licenças-maternidade estendidas e campanhas sobre fertilidade são algumas das iniciativas implementadas. A queda da população ativa pode acentuar problemas econômicos, como escassez de mão de obra e diminuição da riqueza nacional. Esse fenômeno demográfico deverá impactar 97% dos países até 2100, desafiando o equilíbrio entre gerações em nível global.