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Repercussão ruim faz governo recuar com controle do Pix

Paulo César de Oliveira
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robinson barreirinhas

Sem controle sobre as repercussões ruins em relação ao monitoramento das movimentações via Pix, o presidente Lula decidiu pela revogação da norma da Receita Federal. A informação foi confirmada pelo secretário da Receita Federal, Robison Barreirinhas (foto/reprodução internet). Segundo ele, “nos últimos dias pessoas inescrupulosas distorceram um ato da Receita, causando pânico. Apesar de todo nosso trabalho, esse dano é continuado. Por isso, decidi revogar esse ato”. Um vídeo do deputado federal mineiro Nikolas Ferreira, com críticas sobre o monitoramento do Pix chegou a 217 milhões de visualizações, quando o presidente Lula decidiu que a decisão seria revogada.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a preparar uma Medida Provisória para garantir que o Pix não será taxado.

Pix tem a maior queda histórica

As transações via Pix totalizaram 2,29 milhões nos primeiros 14 dias de janeiro, representando uma queda de 15,3% em relação ao mesmo período de dezembro. Apesar de janeiro historicamente registrar uma redução nas transferências, essa foi a maior baixa para a primeira quinzena desde o lançamento da ferramenta. Especialistas apontam que o recuo pode estar associado a incertezas em torno da medida que exige que instituições financeiras comuniquem à Receita Federal movimentações acima de R$ 5 mil por mês realizadas por pessoas físicas. Além disso, a disseminação de informações falsas sobre supostas taxações das transferências pelo governo federal contribuiu para a retração. De acordo com dados do Banco Central, os valores movimentados até 14 de janeiro chegaram a R$ 9,2 bilhões, 18,17% a menos do que em dezembro, mas ainda 39,45% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. 

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