O Federal Reserve (Fed) deve manter os juros americanos entre 4,25% e 4,5%, interrompendo a sequência de três cortes consecutivos. A decisão reflete a necessidade de avaliar os impactos da política econômica de Donald Trump e a persistência da inflação, que se mantém resistente. No Brasil, o Banco Central (BC), com Gabriel Galípolo, deve elevar a Selic para 13,25% ao ano, intensificando o aperto monetário em resposta à deterioração das expectativas de inflação. O mercado já prevê um novo aumento de 1 ponto percentual em março, podendo levar a Selic a 14,25%. Vale lembrar que, a partir deste encontro, nove dos onze votos do colegiado já terão sido indicados pelo presidente Lula. Para quem será que Gleisi Hoffmann vai reclamar agora?
A decisão do Fed indica cautela diante das incertezas econômicas e políticas nos EUA, especialmente com as críticas de Trump ao banco central. No Brasil, a principal preocupação do mercado é a credibilidade fiscal, com a inflação projetada para 2025 já em 5,50%, acima da meta de 3%. Enquanto o Fed monitora os dados antes de futuros cortes, o Brasil pode ver a Selic ultrapassar 14%, dependendo da evolução da inflação e da política fiscal do governo.