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Brasília: um delírio de concreto dívida eterna

Paulo César de Oliveira
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MOBILIDADE II
Eugênio Gudin

Construída em tempo recorde e com delírio orçamentário, Brasília custou 12,3% do PIB de 1959. Atualizado, o capricho sairia hoje por R$ 1,44 trilhão - mais do que toda a Previdência de 2025. Mas não sejamos mesquinhos: não é todo dia que se ergue uma capital no meio do nada, com prazo de Copa do Mundo e orçamento de fábula persa. Eugênio Gudin (foto/reprodução internet), liberal com calculadora na mão, já previa: obra cara, retorno duvidoso. Mas foi voto vencido. A inflação americana transforma os US$ 1,5 bi originais em US$ 16 bi; o IGP brasileiro sobe a conta para R$ 106 bi. Já Ib Teixeira, mais realista que sonhador, cravou: R$ 1,86 trilhão incluindo os juros da dívida eterna. Brasília não foi erguida, foi financiada - com carnê de 60 anos. E a conta ainda não acabou, continua crescendo.

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