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O capitão sem tropa

Paulo César de Oliveira
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Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (foto/reprodução internet) insiste no jogo que já acabou e segue vivendo de ilusão — e dela tenta governar o que já não existe: sua própria relevância. Inelegível, isolado, ainda se agarra à ideia de que será candidato, como se palavras pudessem mudar a realidade. Diz que jogará “até os 48 do segundo tempo”, mas o cronômetro já zerou faz tempo. Alimenta a fantasia de uma candidatura inviável, mantendo sua base mobilizada, mas atrapalhando os planos da direita tradicional. A direita quer os votos, não o rosto. Quer o mito no palanque, não na urna. O mercado já adotou Tarcísio, e os articuladores políticos tentam convencê-lo a aceitar o papel de fiador, não protagonista. Tarcísio é o plano, o produto já embalado para agradar o mercado. Mas o mito, armado de vaidade e ressentimento, ameaça a estratégia. Bolsonaro não aceita o papel de estátua. E, como dinamite no centro do tablado, cada aparição sua ameaça implodir a aliança que diz querer salvar.

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