Como descrito na tese de Erik Kaufmann (foto/reprodução internet) sobre o advento de uma era “pós-progressista”, observamos a perda de hegemonia das pautas identitárias e a ascensão de valores conservadores em diversos países. A era da hegemonia progressista perdeu o fôlego. A maré virou: temas como identidade de gênero, inclusão e imigração passaram de consensos emergentes a focos de rejeição. A questão mais visível é a pauta trans, que foi de bandeira progressista a tema espinhoso. A ascensão conservadora é global, apoiada por jovens, redes sociais e um novo ethos cultural que dispensa mediações institucionais. No Brasil, o conservadorismo ganhou corpo com os evangélicos e freia pautas antes vistas como destino inevitável, como o aborto. A esquerda já não fala sozinha. O debate público mudou com as redes sociais e exige disputa real por corações e mentes.