O aumento abrupto do IOF, que saltou de 0,38% para 3,5%, encareceu operações cambiais em até R$ 19,9 mil a cada US$ 100 mil enviados ao exterior - uma diferença de mais de R$ 17 mil em relação à regra anterior. O mercado lê o gesto como uma hostilidade ideológica mal disfarçada. A nova alíquota atingiu negócios em andamento, como transporte internacional, importação de serviços e royalties, pegando empresas no contrapé. A medida, segundo estimativa da XP, impacta diretamente o capital de giro do varejo, com elevação de até 39% no custo das antecipações de recebíveis. Para Luis Stuhlberger (foto/reprodução internet), do Fundo Verde, a alta do imposto é “assustadora” e reflete uma tentativa do governo de conter a fuga de dólares via decreto, ao custo da confiança. Ele mantém distância da bolsa brasileira e alerta: o mercado subestima o risco fiscal, apostando que o atual governo não se manterá. Mas alerta: “E se mantiver?”.