A manifestação pró Bolsonaro, organizada e financiada pelo bispo Malafaia (foto/reprodução internet), em São Paulo, deu o tom de como será a movimentação dos bolsonaristas até setembro/ outubro quando, espera-se, acontecerá o julgamento do presidente e de seus mais próximos pelo 8 de janeiro. A estratégia que ficou clara é que vai ser buscada a radicalização do debate político, com a rotulação do STF como cúmplice da esquerda, e do ministro Alexandre de Morais, em especial, como alguém que persegue Bolsonaro e seus próximos. Nesta estratégia política até mesmo a deputada Carla Zambelli, a quem Bolsonaro e seus filhos culpavam pela derrota para Lula, passou a ser defendida e apontada como vítima dos ministros do Supremo. Bolsonaro chegou ao extremo de atribuir à esquerda, o movimento de 8 de janeiro como forma de tumultuar a disputa política. Foram muitos os discursos, muitas as acusações, deixando bem claro ao país que a radicalização só vai aumentar daqui para a frente, numa desesperada tentativa de tornar Bolsonaro vítima de uma trama política construída pela esquerda. Uma radicalização que, podem esperar, vai paralisar ainda mais o país.